Otimização de Custos no BigQuery: Reduza Gastos com Dados
Aprenda como reduzir custos no BigQuery com boas práticas de queries, armazenamento e monitoramento, sem perder performance.
17 de dez. de 2025



Otimização de Custos no BigQuery: Como Reduzir Gastos com Dados
O Google BigQuery é um dos data warehouses serverless mais poderosos do mercado. Ele permite analisar grandes volumes de dados sem a necessidade de gerenciar infraestrutura, escalando automaticamente conforme o uso.
Porém, essa flexibilidade tem um custo: sem otimização, o BigQuery pode se tornar caro rapidamente. Em muitos times, o crescimento do custo não está ligado ao volume de dados em si, mas à forma como queries, ingestões e armazenamento são utilizados no dia a dia. O problema costuma ficar evidente apenas quando a fatura chega.
Neste artigo, você vai entender como funciona o modelo de preços do BigQuery e quais boas práticas de otimização de custos podem ser aplicadas para reduzir gastos sem comprometer performance.
Como Funciona o Custo do BigQuery
Os custos do BigQuery são divididos em dois grandes componentes, que são cobrados de forma independente:
1. Processamento de Consultas
O custo de processamento depende da quantidade de dados lidos pelas queries. O BigQuery oferece dois modelos principais:
Sob demanda, onde você paga por TB processado em cada query. Esse modelo é simples e funciona bem para workloads esporádicos, mas pode gerar custos elevados quando há muitas consultas ou varreduras grandes de dados.
Por capacidade, usando slots reservados, onde você paga por capacidade computacional fixa, independentemente do volume de dados lido por cada query.
No modelo por capacidade, o custo deixa de estar diretamente ligado a cada consulta individual e passa a depender da quantidade de processamento reservada para o time ou projeto.
2. Armazenamento de Dados
O armazenamento é cobrado separadamente do processamento e se divide em dois tipos:
Armazenamento ativo
Armazenamento de longo prazo (dados sem alteração por 90 dias)
No BigQuery, o tipo de armazenamento não afeta performance, apenas custo, o que permite otimizar gastos sem impacto técnico nas consultas.
Boas Práticas para Otimização de Custos no BigQuery
1. Consulte Apenas os Dados Necessários
Evite usar SELECT *. O BigQuery cobra pelos dados lidos, não pelo tamanho do resultado final.
Boas práticas:
Selecionar apenas as colunas necessárias
Aplicar filtros sempre que possível
Evitar varreduras completas de tabelas grandes
Mesmo pequenas mudanças em uma query podem reduzir drasticamente a quantidade de dados processados e, consequentemente, o custo.
2. Use Particionamento e Clustering
O particionamento permite que o BigQuery leia apenas partes específicas da tabela, como intervalos de data, em vez de escanear todo o dataset.
O clustering organiza fisicamente os dados com base em colunas frequentemente usadas em filtros, como customer_id, status ou event_type.
Importante: essas técnicas só reduzem custos se forem utilizadas corretamente nas queries. Se a consulta não filtrar pela coluna de partição ou clustering, o BigQuery ainda pode acabar lendo grandes volumes de dados.
3. Aproveite o Armazenamento de Longo Prazo
Dados que não são alterados por 90 dias consecutivos passam automaticamente para armazenamento de longo prazo, que custa cerca de 50% menos do que o armazenamento ativo, sem qualquer impacto de performance.
Esse modelo é ideal para:
Dados históricos
Logs
Dados brutos imutáveis
Informações usadas apenas para auditoria ou análises ocasionais
Evite atualizações desnecessárias em dados históricos, pois qualquer modificação faz com que eles voltem ao armazenamento ativo, aumentando o custo.
4. Prefira Cargas em Lote ao Streaming
Streaming permite acesso quase em tempo real aos dados, mas possui custo adicional por volume ingerido.
Quando tempo real não é essencial:
Use cargas em lote
Agende ingestões periódicas (por exemplo, a cada hora ou diariamente)
Na maioria dos casos analíticos, batch resolve o problema com custo muito menor.
5. Estime Custos Antes de Executar Queries
Antes de rodar queries pesadas:
Utilize dry runs para estimar a quantidade de dados processados
Verifique a estimativa de custo exibida no console do BigQuery
Esse cuidado simples ajuda a evitar queries caras rodando por engano, especialmente em ambientes compartilhados.
6. Configure Cotizações, Orçamentos e Alertas
Para manter controle financeiro e previsibilidade:
Defina cotas de consulta por usuário ou projeto
Configure orçamentos e alertas de billing
Monitore o consumo regularmente ao longo do mês
Essas medidas evitam surpresas e ajudam a identificar padrões de uso ineficientes.
Estratégias Avançadas de Otimização
Uso de Slots Reservados
Slots reservados são uma forma de pagar pelo processamento do BigQuery com base em capacidade, e não por query individual.
Um slot é uma unidade de capacidade computacional. Ao reservar slots, você garante uma quantidade fixa de processamento disponível para seus workloads.
Esse modelo faz mais sentido para:
Workloads constantes e previsíveis
Dashboards e relatórios recorrentes
Pipelines de ELT agendados
Times com muitos usuários executando queries simultaneamente
Vantagens:
Custos mensais previsíveis
Performance mais estável
Menor risco de picos inesperados na fatura
Possibilidade de autoscaling para horários de maior uso
Análise de Billing no Próprio BigQuery
Exportar os dados de faturamento do Google Cloud para o próprio BigQuery permite analisar com mais profundidade:
Times ou projetos mais caros
Queries que consomem mais recursos
Evolução dos custos ao longo do tempo
Oportunidades contínuas de otimização
Essa prática transforma o controle de custos em um processo contínuo, não reativo.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Qual é o principal fator de custo no BigQuery?
O processamento de consultas é o maior fator de custo, especialmente quando grandes volumes de dados são lidos sem filtros ou com queries mal otimizadas.
Preço sob demanda ou slots: qual é mais barato?
Sob demanda funciona melhor para uso irregular. Slots reservados tendem a ser mais vantajosos para workloads previsíveis e de uso contínuo.
Particionamento sempre reduz custos?
Não. Ele só reduz custos quando as queries utilizam filtros na coluna de partição.
O que é armazenamento de longo prazo no BigQuery?
São dados que não sofrem alterações por 90 dias e passam automaticamente para um modelo de armazenamento com custo cerca de 50% menor.
Streaming no BigQuery é caro?
Sim. Streaming tem custo adicional. Cargas em lote são mais econômicas quando o tempo real não é necessário.
Conclusão
O BigQuery oferece enorme poder analítico, mas o controle de custos depende de boas decisões técnicas e operacionais. Com queries bem escritas, uso correto de particionamento, escolha adequada entre sob demanda e slots reservados, e monitoramento contínuo, é possível reduzir significativamente os gastos e manter eficiência à medida que os dados crescem.
Otimização de Custos no BigQuery: Como Reduzir Gastos com Dados
O Google BigQuery é um dos data warehouses serverless mais poderosos do mercado. Ele permite analisar grandes volumes de dados sem a necessidade de gerenciar infraestrutura, escalando automaticamente conforme o uso.
Porém, essa flexibilidade tem um custo: sem otimização, o BigQuery pode se tornar caro rapidamente. Em muitos times, o crescimento do custo não está ligado ao volume de dados em si, mas à forma como queries, ingestões e armazenamento são utilizados no dia a dia. O problema costuma ficar evidente apenas quando a fatura chega.
Neste artigo, você vai entender como funciona o modelo de preços do BigQuery e quais boas práticas de otimização de custos podem ser aplicadas para reduzir gastos sem comprometer performance.
Como Funciona o Custo do BigQuery
Os custos do BigQuery são divididos em dois grandes componentes, que são cobrados de forma independente:
1. Processamento de Consultas
O custo de processamento depende da quantidade de dados lidos pelas queries. O BigQuery oferece dois modelos principais:
Sob demanda, onde você paga por TB processado em cada query. Esse modelo é simples e funciona bem para workloads esporádicos, mas pode gerar custos elevados quando há muitas consultas ou varreduras grandes de dados.
Por capacidade, usando slots reservados, onde você paga por capacidade computacional fixa, independentemente do volume de dados lido por cada query.
No modelo por capacidade, o custo deixa de estar diretamente ligado a cada consulta individual e passa a depender da quantidade de processamento reservada para o time ou projeto.
2. Armazenamento de Dados
O armazenamento é cobrado separadamente do processamento e se divide em dois tipos:
Armazenamento ativo
Armazenamento de longo prazo (dados sem alteração por 90 dias)
No BigQuery, o tipo de armazenamento não afeta performance, apenas custo, o que permite otimizar gastos sem impacto técnico nas consultas.
Boas Práticas para Otimização de Custos no BigQuery
1. Consulte Apenas os Dados Necessários
Evite usar SELECT *. O BigQuery cobra pelos dados lidos, não pelo tamanho do resultado final.
Boas práticas:
Selecionar apenas as colunas necessárias
Aplicar filtros sempre que possível
Evitar varreduras completas de tabelas grandes
Mesmo pequenas mudanças em uma query podem reduzir drasticamente a quantidade de dados processados e, consequentemente, o custo.
2. Use Particionamento e Clustering
O particionamento permite que o BigQuery leia apenas partes específicas da tabela, como intervalos de data, em vez de escanear todo o dataset.
O clustering organiza fisicamente os dados com base em colunas frequentemente usadas em filtros, como customer_id, status ou event_type.
Importante: essas técnicas só reduzem custos se forem utilizadas corretamente nas queries. Se a consulta não filtrar pela coluna de partição ou clustering, o BigQuery ainda pode acabar lendo grandes volumes de dados.
3. Aproveite o Armazenamento de Longo Prazo
Dados que não são alterados por 90 dias consecutivos passam automaticamente para armazenamento de longo prazo, que custa cerca de 50% menos do que o armazenamento ativo, sem qualquer impacto de performance.
Esse modelo é ideal para:
Dados históricos
Logs
Dados brutos imutáveis
Informações usadas apenas para auditoria ou análises ocasionais
Evite atualizações desnecessárias em dados históricos, pois qualquer modificação faz com que eles voltem ao armazenamento ativo, aumentando o custo.
4. Prefira Cargas em Lote ao Streaming
Streaming permite acesso quase em tempo real aos dados, mas possui custo adicional por volume ingerido.
Quando tempo real não é essencial:
Use cargas em lote
Agende ingestões periódicas (por exemplo, a cada hora ou diariamente)
Na maioria dos casos analíticos, batch resolve o problema com custo muito menor.
5. Estime Custos Antes de Executar Queries
Antes de rodar queries pesadas:
Utilize dry runs para estimar a quantidade de dados processados
Verifique a estimativa de custo exibida no console do BigQuery
Esse cuidado simples ajuda a evitar queries caras rodando por engano, especialmente em ambientes compartilhados.
6. Configure Cotizações, Orçamentos e Alertas
Para manter controle financeiro e previsibilidade:
Defina cotas de consulta por usuário ou projeto
Configure orçamentos e alertas de billing
Monitore o consumo regularmente ao longo do mês
Essas medidas evitam surpresas e ajudam a identificar padrões de uso ineficientes.
Estratégias Avançadas de Otimização
Uso de Slots Reservados
Slots reservados são uma forma de pagar pelo processamento do BigQuery com base em capacidade, e não por query individual.
Um slot é uma unidade de capacidade computacional. Ao reservar slots, você garante uma quantidade fixa de processamento disponível para seus workloads.
Esse modelo faz mais sentido para:
Workloads constantes e previsíveis
Dashboards e relatórios recorrentes
Pipelines de ELT agendados
Times com muitos usuários executando queries simultaneamente
Vantagens:
Custos mensais previsíveis
Performance mais estável
Menor risco de picos inesperados na fatura
Possibilidade de autoscaling para horários de maior uso
Análise de Billing no Próprio BigQuery
Exportar os dados de faturamento do Google Cloud para o próprio BigQuery permite analisar com mais profundidade:
Times ou projetos mais caros
Queries que consomem mais recursos
Evolução dos custos ao longo do tempo
Oportunidades contínuas de otimização
Essa prática transforma o controle de custos em um processo contínuo, não reativo.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Qual é o principal fator de custo no BigQuery?
O processamento de consultas é o maior fator de custo, especialmente quando grandes volumes de dados são lidos sem filtros ou com queries mal otimizadas.
Preço sob demanda ou slots: qual é mais barato?
Sob demanda funciona melhor para uso irregular. Slots reservados tendem a ser mais vantajosos para workloads previsíveis e de uso contínuo.
Particionamento sempre reduz custos?
Não. Ele só reduz custos quando as queries utilizam filtros na coluna de partição.
O que é armazenamento de longo prazo no BigQuery?
São dados que não sofrem alterações por 90 dias e passam automaticamente para um modelo de armazenamento com custo cerca de 50% menor.
Streaming no BigQuery é caro?
Sim. Streaming tem custo adicional. Cargas em lote são mais econômicas quando o tempo real não é necessário.
Conclusão
O BigQuery oferece enorme poder analítico, mas o controle de custos depende de boas decisões técnicas e operacionais. Com queries bem escritas, uso correto de particionamento, escolha adequada entre sob demanda e slots reservados, e monitoramento contínuo, é possível reduzir significativamente os gastos e manter eficiência à medida que os dados crescem.
Otimização de Custos no BigQuery: Como Reduzir Gastos com Dados
O Google BigQuery é um dos data warehouses serverless mais poderosos do mercado. Ele permite analisar grandes volumes de dados sem a necessidade de gerenciar infraestrutura, escalando automaticamente conforme o uso.
Porém, essa flexibilidade tem um custo: sem otimização, o BigQuery pode se tornar caro rapidamente. Em muitos times, o crescimento do custo não está ligado ao volume de dados em si, mas à forma como queries, ingestões e armazenamento são utilizados no dia a dia. O problema costuma ficar evidente apenas quando a fatura chega.
Neste artigo, você vai entender como funciona o modelo de preços do BigQuery e quais boas práticas de otimização de custos podem ser aplicadas para reduzir gastos sem comprometer performance.
Como Funciona o Custo do BigQuery
Os custos do BigQuery são divididos em dois grandes componentes, que são cobrados de forma independente:
1. Processamento de Consultas
O custo de processamento depende da quantidade de dados lidos pelas queries. O BigQuery oferece dois modelos principais:
Sob demanda, onde você paga por TB processado em cada query. Esse modelo é simples e funciona bem para workloads esporádicos, mas pode gerar custos elevados quando há muitas consultas ou varreduras grandes de dados.
Por capacidade, usando slots reservados, onde você paga por capacidade computacional fixa, independentemente do volume de dados lido por cada query.
No modelo por capacidade, o custo deixa de estar diretamente ligado a cada consulta individual e passa a depender da quantidade de processamento reservada para o time ou projeto.
2. Armazenamento de Dados
O armazenamento é cobrado separadamente do processamento e se divide em dois tipos:
Armazenamento ativo
Armazenamento de longo prazo (dados sem alteração por 90 dias)
No BigQuery, o tipo de armazenamento não afeta performance, apenas custo, o que permite otimizar gastos sem impacto técnico nas consultas.
Boas Práticas para Otimização de Custos no BigQuery
1. Consulte Apenas os Dados Necessários
Evite usar SELECT *. O BigQuery cobra pelos dados lidos, não pelo tamanho do resultado final.
Boas práticas:
Selecionar apenas as colunas necessárias
Aplicar filtros sempre que possível
Evitar varreduras completas de tabelas grandes
Mesmo pequenas mudanças em uma query podem reduzir drasticamente a quantidade de dados processados e, consequentemente, o custo.
2. Use Particionamento e Clustering
O particionamento permite que o BigQuery leia apenas partes específicas da tabela, como intervalos de data, em vez de escanear todo o dataset.
O clustering organiza fisicamente os dados com base em colunas frequentemente usadas em filtros, como customer_id, status ou event_type.
Importante: essas técnicas só reduzem custos se forem utilizadas corretamente nas queries. Se a consulta não filtrar pela coluna de partição ou clustering, o BigQuery ainda pode acabar lendo grandes volumes de dados.
3. Aproveite o Armazenamento de Longo Prazo
Dados que não são alterados por 90 dias consecutivos passam automaticamente para armazenamento de longo prazo, que custa cerca de 50% menos do que o armazenamento ativo, sem qualquer impacto de performance.
Esse modelo é ideal para:
Dados históricos
Logs
Dados brutos imutáveis
Informações usadas apenas para auditoria ou análises ocasionais
Evite atualizações desnecessárias em dados históricos, pois qualquer modificação faz com que eles voltem ao armazenamento ativo, aumentando o custo.
4. Prefira Cargas em Lote ao Streaming
Streaming permite acesso quase em tempo real aos dados, mas possui custo adicional por volume ingerido.
Quando tempo real não é essencial:
Use cargas em lote
Agende ingestões periódicas (por exemplo, a cada hora ou diariamente)
Na maioria dos casos analíticos, batch resolve o problema com custo muito menor.
5. Estime Custos Antes de Executar Queries
Antes de rodar queries pesadas:
Utilize dry runs para estimar a quantidade de dados processados
Verifique a estimativa de custo exibida no console do BigQuery
Esse cuidado simples ajuda a evitar queries caras rodando por engano, especialmente em ambientes compartilhados.
6. Configure Cotizações, Orçamentos e Alertas
Para manter controle financeiro e previsibilidade:
Defina cotas de consulta por usuário ou projeto
Configure orçamentos e alertas de billing
Monitore o consumo regularmente ao longo do mês
Essas medidas evitam surpresas e ajudam a identificar padrões de uso ineficientes.
Estratégias Avançadas de Otimização
Uso de Slots Reservados
Slots reservados são uma forma de pagar pelo processamento do BigQuery com base em capacidade, e não por query individual.
Um slot é uma unidade de capacidade computacional. Ao reservar slots, você garante uma quantidade fixa de processamento disponível para seus workloads.
Esse modelo faz mais sentido para:
Workloads constantes e previsíveis
Dashboards e relatórios recorrentes
Pipelines de ELT agendados
Times com muitos usuários executando queries simultaneamente
Vantagens:
Custos mensais previsíveis
Performance mais estável
Menor risco de picos inesperados na fatura
Possibilidade de autoscaling para horários de maior uso
Análise de Billing no Próprio BigQuery
Exportar os dados de faturamento do Google Cloud para o próprio BigQuery permite analisar com mais profundidade:
Times ou projetos mais caros
Queries que consomem mais recursos
Evolução dos custos ao longo do tempo
Oportunidades contínuas de otimização
Essa prática transforma o controle de custos em um processo contínuo, não reativo.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Qual é o principal fator de custo no BigQuery?
O processamento de consultas é o maior fator de custo, especialmente quando grandes volumes de dados são lidos sem filtros ou com queries mal otimizadas.
Preço sob demanda ou slots: qual é mais barato?
Sob demanda funciona melhor para uso irregular. Slots reservados tendem a ser mais vantajosos para workloads previsíveis e de uso contínuo.
Particionamento sempre reduz custos?
Não. Ele só reduz custos quando as queries utilizam filtros na coluna de partição.
O que é armazenamento de longo prazo no BigQuery?
São dados que não sofrem alterações por 90 dias e passam automaticamente para um modelo de armazenamento com custo cerca de 50% menor.
Streaming no BigQuery é caro?
Sim. Streaming tem custo adicional. Cargas em lote são mais econômicas quando o tempo real não é necessário.
Conclusão
O BigQuery oferece enorme poder analítico, mas o controle de custos depende de boas decisões técnicas e operacionais. Com queries bem escritas, uso correto de particionamento, escolha adequada entre sob demanda e slots reservados, e monitoramento contínuo, é possível reduzir significativamente os gastos e manter eficiência à medida que os dados crescem.
Otimização de Custos no BigQuery: Como Reduzir Gastos com Dados
O Google BigQuery é um dos data warehouses serverless mais poderosos do mercado. Ele permite analisar grandes volumes de dados sem a necessidade de gerenciar infraestrutura, escalando automaticamente conforme o uso.
Porém, essa flexibilidade tem um custo: sem otimização, o BigQuery pode se tornar caro rapidamente. Em muitos times, o crescimento do custo não está ligado ao volume de dados em si, mas à forma como queries, ingestões e armazenamento são utilizados no dia a dia. O problema costuma ficar evidente apenas quando a fatura chega.
Neste artigo, você vai entender como funciona o modelo de preços do BigQuery e quais boas práticas de otimização de custos podem ser aplicadas para reduzir gastos sem comprometer performance.
Como Funciona o Custo do BigQuery
Os custos do BigQuery são divididos em dois grandes componentes, que são cobrados de forma independente:
1. Processamento de Consultas
O custo de processamento depende da quantidade de dados lidos pelas queries. O BigQuery oferece dois modelos principais:
Sob demanda, onde você paga por TB processado em cada query. Esse modelo é simples e funciona bem para workloads esporádicos, mas pode gerar custos elevados quando há muitas consultas ou varreduras grandes de dados.
Por capacidade, usando slots reservados, onde você paga por capacidade computacional fixa, independentemente do volume de dados lido por cada query.
No modelo por capacidade, o custo deixa de estar diretamente ligado a cada consulta individual e passa a depender da quantidade de processamento reservada para o time ou projeto.
2. Armazenamento de Dados
O armazenamento é cobrado separadamente do processamento e se divide em dois tipos:
Armazenamento ativo
Armazenamento de longo prazo (dados sem alteração por 90 dias)
No BigQuery, o tipo de armazenamento não afeta performance, apenas custo, o que permite otimizar gastos sem impacto técnico nas consultas.
Boas Práticas para Otimização de Custos no BigQuery
1. Consulte Apenas os Dados Necessários
Evite usar SELECT *. O BigQuery cobra pelos dados lidos, não pelo tamanho do resultado final.
Boas práticas:
Selecionar apenas as colunas necessárias
Aplicar filtros sempre que possível
Evitar varreduras completas de tabelas grandes
Mesmo pequenas mudanças em uma query podem reduzir drasticamente a quantidade de dados processados e, consequentemente, o custo.
2. Use Particionamento e Clustering
O particionamento permite que o BigQuery leia apenas partes específicas da tabela, como intervalos de data, em vez de escanear todo o dataset.
O clustering organiza fisicamente os dados com base em colunas frequentemente usadas em filtros, como customer_id, status ou event_type.
Importante: essas técnicas só reduzem custos se forem utilizadas corretamente nas queries. Se a consulta não filtrar pela coluna de partição ou clustering, o BigQuery ainda pode acabar lendo grandes volumes de dados.
3. Aproveite o Armazenamento de Longo Prazo
Dados que não são alterados por 90 dias consecutivos passam automaticamente para armazenamento de longo prazo, que custa cerca de 50% menos do que o armazenamento ativo, sem qualquer impacto de performance.
Esse modelo é ideal para:
Dados históricos
Logs
Dados brutos imutáveis
Informações usadas apenas para auditoria ou análises ocasionais
Evite atualizações desnecessárias em dados históricos, pois qualquer modificação faz com que eles voltem ao armazenamento ativo, aumentando o custo.
4. Prefira Cargas em Lote ao Streaming
Streaming permite acesso quase em tempo real aos dados, mas possui custo adicional por volume ingerido.
Quando tempo real não é essencial:
Use cargas em lote
Agende ingestões periódicas (por exemplo, a cada hora ou diariamente)
Na maioria dos casos analíticos, batch resolve o problema com custo muito menor.
5. Estime Custos Antes de Executar Queries
Antes de rodar queries pesadas:
Utilize dry runs para estimar a quantidade de dados processados
Verifique a estimativa de custo exibida no console do BigQuery
Esse cuidado simples ajuda a evitar queries caras rodando por engano, especialmente em ambientes compartilhados.
6. Configure Cotizações, Orçamentos e Alertas
Para manter controle financeiro e previsibilidade:
Defina cotas de consulta por usuário ou projeto
Configure orçamentos e alertas de billing
Monitore o consumo regularmente ao longo do mês
Essas medidas evitam surpresas e ajudam a identificar padrões de uso ineficientes.
Estratégias Avançadas de Otimização
Uso de Slots Reservados
Slots reservados são uma forma de pagar pelo processamento do BigQuery com base em capacidade, e não por query individual.
Um slot é uma unidade de capacidade computacional. Ao reservar slots, você garante uma quantidade fixa de processamento disponível para seus workloads.
Esse modelo faz mais sentido para:
Workloads constantes e previsíveis
Dashboards e relatórios recorrentes
Pipelines de ELT agendados
Times com muitos usuários executando queries simultaneamente
Vantagens:
Custos mensais previsíveis
Performance mais estável
Menor risco de picos inesperados na fatura
Possibilidade de autoscaling para horários de maior uso
Análise de Billing no Próprio BigQuery
Exportar os dados de faturamento do Google Cloud para o próprio BigQuery permite analisar com mais profundidade:
Times ou projetos mais caros
Queries que consomem mais recursos
Evolução dos custos ao longo do tempo
Oportunidades contínuas de otimização
Essa prática transforma o controle de custos em um processo contínuo, não reativo.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Qual é o principal fator de custo no BigQuery?
O processamento de consultas é o maior fator de custo, especialmente quando grandes volumes de dados são lidos sem filtros ou com queries mal otimizadas.
Preço sob demanda ou slots: qual é mais barato?
Sob demanda funciona melhor para uso irregular. Slots reservados tendem a ser mais vantajosos para workloads previsíveis e de uso contínuo.
Particionamento sempre reduz custos?
Não. Ele só reduz custos quando as queries utilizam filtros na coluna de partição.
O que é armazenamento de longo prazo no BigQuery?
São dados que não sofrem alterações por 90 dias e passam automaticamente para um modelo de armazenamento com custo cerca de 50% menor.
Streaming no BigQuery é caro?
Sim. Streaming tem custo adicional. Cargas em lote são mais econômicas quando o tempo real não é necessário.
Conclusão
O BigQuery oferece enorme poder analítico, mas o controle de custos depende de boas decisões técnicas e operacionais. Com queries bem escritas, uso correto de particionamento, escolha adequada entre sob demanda e slots reservados, e monitoramento contínuo, é possível reduzir significativamente os gastos e manter eficiência à medida que os dados crescem.